terça-feira, 24 de julho de 2012

Cidadania, democracia e imprensa

 Perambulando pela internet, buscando conhecimento jornalístico e sobre  imprensa de cidades pequenas, me deparei com belos exemplos de mobilização popular em municípios. Uma conscientização diferente daquela que temos em José Bonifácio e em algumas cidades vizinhas.

  Abaixo trechos de uma reportagem de uma manifestação no município de Rosário do Sul, RS, que demonstra o explícito poder da mobilização popular, da democracia e acima de tudo da impressa.



   O espírito de grandeza parece ser marca registrada da pequena Rosário do Sul, no Pampa gaúcho. Numa das portas de entrada percorrem-se quase dois quilômetros sobre uma ponte que liga o centro do estado ao município. Numa das praças, um monumento religioso capaz de causar inveja ao Redentor sobreleva-se às copas das árvores. O tráfego na Avenida Beira-Rio durante os meses de férias põe a Marginal Tietê no chinelo. Para uma alma ostentosa, nada mais justo do que ordenados onerosos para o prefeito, para o vice-prefeito, para os vereadores e para os secretários. A maioria dos habitantes, tranqüilos a sorver seu chimarrão até o recebimento da notícia, não concordou. Os políticos tergiversaram. O coração é grande, mas a algibeira e a resignação da população são rasas.

  A condição de descrédito pela qual a perdulária Casa do Povo da ex-rainha da ervilha vem passando não é novidade. Deliberações e votações além do abecedário do cotidiano carecem por lá. Nos últimos três anos os marcos dignos da atenção do povo e da imprensa local reduziram-se a momentos enleáveis.

  O dispêndio exorbitante em viagens dos nove representantes é um deles. Cruzando os dados dos gastos dos legisladores pelo número de habitantes, cada rosariense empregou R$5,22 para oportunizar idas e vindas aos pândegos e labutadores vereadores.

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Não se pode negar que vastas obras ocorreram na cidade nos últimos anos, entre elas, a ainda inacabada construção da nova Câmara de Vereadores, um projeto audacioso de estimado bom gosto. O otimismo popular fundamenta-se em saber que o executor da obra não é parente do magnata do petróleo John P. Rimbauer. No acesso à cidade ergueu-se um pórtico de disposição esportista, lembrando traves e travessão de uma goleira, no valor de R$103.500,00, sendo R$97.500,00 recursos provindos do Ministério do Turismo. Ainda incompleto.


“Manifestantes ocuparam hoje a Rua Amaro Souto, em frente à prefeitura. A população cobrava, entre outros, a anulação do reajuste que elevava para quase R$ 20 mil o salário do próximo prefeito. Caso o aumento persistisse o prefeito de Rosário do Sul passaria a receber aproximadamente R$2.500 a mais que o governador Tarso Genro”. O salário do vice-prefeito acenderia de R$ 8.200,00 para R$ 10.400,00. Os secretários municipais sairiam dos atuais R$ 3.300,00 para R$ 5.300,00."




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Fonte: Revista oViés

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